Dolly leva ao Secretário de Direito Econômico Lista de empresas que vão depor
contra Coca-Cola em processo do CADE
Em audiência oficial na Segunda, às 15 horas, em
Brasília, Daniel Goldberg, Secretário de Direito Econômico, pasta ligada ao
Ministério da Justiça, recebe documentos sigilosos, novas denúncias e trechos
de gravações, além da lista de empresas que vão depor contra a Coca-Cola no
processo aberto no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, onde a
multinacional é acusada de concorrência desleal, abuso do poder econômico e
práticas criminosas
São Paulo,
URGENTE - Daniel Goldberg, Secretário de
Direito Econômico, SDE, do Ministério da Justiça, receberá novamente, em
Brasília, Segunda-feira, dia 20 de outubro, às 15 horas, os
empresários e advogados da Dolly Refrigerantes, a empresa nacional que
acusa e pede aplicação da Lei Antitruste contra a multinacional Coca-Cola
em processo aberto no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, CADE. Num
dos mais graves casos anticoncorrenciais já conhecidos no mercado, a
multinacional Coca-Cola e sua engarrafadora em São Paulo,
Spal/Panamco (atual Spal/Femsa) são acusadas de planejar e executar
um plano para a destruição da Dolly, utilizando métodos e práticas
criminosas, como corrupção, espionagem e sabotagem, além de ameaças e abuso de
poder econômico.
O processo, de número 08012.006043/2003-22, deu
entrada em agosto no próprio CADE, sendo de lá encaminhado ao
SDE, órgão responsável pela apuração dos fatos que, ao final, serão julgados
pelos conselheiros, que também deverão solicitar uma Audiência Pública.
Laerte Codonho, presidente da Dolly, adianta apenas que entre as
testemunhas de defesa listadas está o próprio atual Ministro da Justiça,
Márcio Thomaz Bastos, que foi advogado, desde 2000, de uma dessas fornecedoras
e que tem amplo conhecimento dos fatos denunciados.
No encontro anterior no SDE, realizado a 24 de
setembro, ficou combinado o prazo para a entrega oficial, agora, de documentos
sigilosos, novos e importantes trechos de gravações e, ainda, a lista de
fornecedores que foram coagidos pela multinacional e que estão dispostos a
depor contra a Coca-Cola nos processos administrativos e criminais, que também
estarão sendo abertos, concomitantemente, no Brasil e nos Estados Unidos, onde
fica a matriz da empresa, em Atlanta.
Proteção - Uma proteção especial, uma espécie
de blindagem administrativa, já foi solicitada oficialmente para evitar
que essas empresas sofram qualquer tipo de pressão irregular, como já ocorreu,
e que é temido agora com a continuidade e encaminhamento dos processos contra
a poderosa multinacional. As denúncias, que continuam sendo feitas e
ampliadas, vêm abrangendo áreas e instituições muito delicadas, da área
governamental.
Informações e Contatos:
Marli Gonçalves - MTb 12.037 -
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