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NEGÓCIOS Quarta-feira, 10 de Setembro de 2003
EXCLUSIVO continua...
O CASO DOLLY
Pequena fabricante de bebidas grava ex-diretor da Coca-Cola.
E ele conta como exterminava rivais. O Cade já tem as fitas

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Christian Carvalho Cruz

  Daniel Wainstein
  Codonho, da Dolly: “Esquema da Coca fez vendas caírem 50%”

Na semana passada, a disputa de mercado entre os refrigerantes Coca-Cola e Dolly transbordou as gôndolas dos supermercados e virou caso de polícia. Laerte Codonho, proprietário da Ragi Refrigerantes, fabricante do Dolly, entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Secretaria de Direito Econômico (SDE) uma fita de vídeo em que o ex-executivo da Coca-Cola Luís Eduardo Capistrano do Amaral admite ter participado de um esquema orquestrado pela multinacional para tirar a Dolly do mercado. São mais de 30 horas de gravação, feitas no escritório de Codonho em São Paulo, sem que Capistrano soubesse. Com base nesse material, o dono da Dolly acusa a Coca-Cola de abuso de poder econômico, concorrência desleal, espionagem industrial, corrupção e ameaça de morte. “A minha intenção é que venham a público os métodos usados pela Coca-Cola”, diz Codonho, que não descarta um pedido de indenização. “Nossas vendas caíram mais de 50% entre 2000 e 2002 por causa desse esquema.” Um esquema que tem desdobramentos mais nebulosos do que os noticiados até agora. DINHEIRO teve acesso com exclusividade a trechos inéditos da fita, nos quais Capistrano relata o envolvimento de órgãos importantes da estrutura do poder na “missão” que ele classifica como “AS, Ação de Sacanagem”.

A MISSÃO
Até 2001, Capistrano foi diretor de compras estratégicas da paulista Panamco, a maior engarrafadora da Coca-Cola do País e que tem participação da própria multinacional. Na fita, ele diz ter agido sob orientação de Jorge Giganti, ex-presidente da Coca-Cola Brasil (entre 1985 e 1991) e da Panamco (até 2001). Sua incumbência era recuperar a participação de mercado perdida para os fabricantes menores, conhecidos como “tubaineiros”.
Capistrano – (...) Eu tinha uma missão que foi dada pelo presidente, o Giganti. (...) A missão era tirar você do mercado. (...) Se você batesse só na Fanta, no Kuat. Mas o problema é que num determinado momento há uma análise de que a Dolly está tirando cliente da Cola, Coca-Cola. (...) No México não tem concorrência.
Codonho – Por quê?
Capistrano – Liquida, mata as pessoas todas.
Codonho – Não, não brinca não, mas mata fisicamente também?
Capistrano – Fisicamente, se for necessário.

A ESTRATÉGIA
Na conversa gravada, Capistrano explica que uma das estratégias
era pressionar fornecedores para que eles parassem de entregar matéria-prima (garrafas PET, por exemplo) à Dolly. Teoricamente, a Coca-Cola teria esse poder porque é grande compradora desses mesmos fornecedores e poderia deixar de ser caso eles não colaborassem.

Capistrano – Bastavam dois meses com a
matéria-prima controlada, limitada. Já é o suficiente para destruir a participação das menores no mercado.

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FÓRUM

Um americano, funcionário do Departamento de Agricultura dos EUA, foi expulso do Brasil após ser pego “inspecionando” sem autorização pragas em plantações de soja no interior da Bahia. Para o governo brasileiro, ele estaria produzindo um relatório para prejudicar as exportações brasileiras. Devemos nos preocupar?

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